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Começou há pouco tempo a época e as equipas ainda têm poucos dias de trabalho, mas o Borussia Dortmund já está num nível bem avançado. As ideias da organização ofensiva de Thomas Tuchel (2ª época no clube) continuam todas lá e a equipa sabe claramente o que fazer no campo em termos ofensivos. É certo que o rumo parece ser o mesmo do ano passado, mas mesmo os novos jogadores já assimilaram muita coisa que o treinador pede. Ontem, jogo contra o Manchester United de José Mourinho, que ainda tem baixas importantes e está um pouco mais atrasado na preparação. O domínio dos alemães foi total, vencendo por esclarecedores e justos 4-1.

 

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Durante este defeso, Paulo Fonseca deixou Braga e rumou ao leste da Europa, assinando pelo Shakhtar Donetsk. Não foi propriamente uma surpresa esta mudança de ares do treinador português depois de uma bela época no Minho, onde acabou em 4º lugar no campeonato, venceu a Taça de Portugal, chegou às meias-finais da Taça da Liga e aos quartos-de-final da Liga Europa. Mais importante que estes números finais, foi o muito bom futebol que os bracarenses praticaram durante grande parte da época, apesar de no último terço terem descido muito de produção qualitativa, talvez fruto do muito cansaço acumulado durante a época e de algumas lesões que afectaram elementos nucleares na manobra da equipa.

 

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A França, orientada por Didier Deschamps, partiu para este Euro 2016 como uma das grandes favoritas à conquista da prova – ainda mais quando jogava em casa. No entanto, existiram algumas contrariedades que marcaram a preparação para este certame na selecção francesa. Lassana Diarra, Raphael Varane e Jérémy Mathieu lesionaram-se e não puderam dar contributo, assim como Aymeric Laporte que poderia ser uma alternativa. Mamadou Sakho foi suspenso preventivamente devido a um possível controlo anti-doping positivo e falhou assim também a prova. Mas a grande ausência, foi a de Karim Benzema, que por implicações num suposto escândalo de um vídeo sexual e posterior chantagem sobre o colega Mathieu Valbuena, foi afastado da prova, assim como o chantageado.

Não se pode dizer que a selecção gaulesa tenha deslumbrado em qualquer dos jogos que disputou até agora, estando em termos exibicionais aquém do esperado. O calendário não foi propriamente difícil, e apenas nas meias-finais se depararam com um grande teste, perante a campeã mundial Alemanha. Os franceses acabaram por vencer por 2-0, num jogo onde foram globalmente inferiores, mas onde tiveram a estrelinha do seu lado.

 

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Análise ao Portugal vs Croácia

por R_9, em 27.06.16

No passado sábado, Portugal defrontou a Croácia nos oitavos-de-final do Euro 2016, tendo vencido no prolongamento com um golo de Ricardo Quaresma.

Não foi o jogo mais espectacular, com ambas as equipas a tomarem muitas precauções, sendo que Portugal deu mais a iniciativa de jogo ao adversário, tentando depois a partir de certas zonas impedir que eles construíssem e criassem, tendo como base muitas referências individuais.

Adrien entrou para a equipa titular e a sua principal função foi condicionar  Luka Modrić, tentando impedir que ele conseguisse construir ou criar algo na sua selecção. William Carvalho também andou sempre perto de Ivan Rakitić, tentando impedir que ele recebesse a bola entre as linhas de Portugal. Com estas marcações muito directas, muitas vezes abriram-se espaços em zonas que não deviam, mas que a Croácia nunca conseguiu aproveitar, visto apostar muitas vezes no jogo exterior. As dificuldades nos croatas aumentaram quando eram quase sempre os centrais a ter de construir - coisa em que eles não são muito fortes.

Duas selecções sempre a tentar preencher muito a área nos lances defensivos, tentando evitar situações de igualdade ou inferioridade numérica, assim como rápidos em transições defensivas, enquanto houve pernas para tal. Portugal atacou pouco, e das poucas vezes que o fez foi pouco eficaz. Nota para os movimentos de Raphaël Guerreiro para o interior, já que das poucas vezes que aconteceram desequilibraram o bloco croata.

Cristiano Ronaldo sentiu-se muitas vezes sozinho na frente e sem os colegas conseguirem criar algo, teve muitas dificuldades em aparecer. Com a entrada de Renato Sanches, Portugal conseguiu chegar um pouco mais na frente, fruto das características do jovem médio, tendo João Mário aparecido também um pouco mais. Nota para os lances de bola parada da Croácia, já que várias vezes criaram muito perigo.

 

 

 

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Análise à Hungria

por R_9, em 22.06.16

Processo ofensivo:

Na 1ª fase de construção, normalmente fazem a saída a 3, com Nagy a colocar-se no meio dos dois centrais que abrem. Nagy é o elemento mais importante nesta fase, sendo por ele que passa grande parte destes movimentos. Vão trocando a bola de um lado para o outro, até conseguirem avançar no terreno. Só a partir de uma determinada zona, o outro médio centro (Gera) baixa para poder receber. Os centrais se apertados passam dificuldades, sendo que são mais de passe (mesmo com espaço disponível) do que de progressão. O guarda-redes, caso não tenham soluções, é sempre uma opção nesta fase, recebendo várias vezes a bola, mostrando-se confortável para devolver com ambos os pés. Tentam também o jogo directo, colocando algumas vezes no ponta de lança e depois aproximando os restantes jogadores, principalmente Kleinheisler e Gera para ganhar a 2ª bola. Há muito espaço no começo da saída, já que a equipa afunda em profundidade, com os laterais algo projectados e vão tentando progredir com o sistema de três centrais, passando a bola pelos 3 corredores, até chegar às linhas seguintes. Preferem o jogo combinativo.

Na criação tentam também um jogo combinativo, sempre com os jogadores do meio-campo próximos, sendo Kleinheisler, o jogador que se aproxima muito do avançado, estando muitas vezes na mesma linha e revela astúcia para perceber quais as zonas mortas onde pode aparecer para receber a bola. Demonstram paciência e mobilidade e algum gosto por ter a bola nos seus pés e controlar o jogo com a mesma em sua posse, com várias movimentações interessantes. Extremos a vir para dentro, com e sem bola e laterais a ficar na amplitude. Extremos normalmente de pé trocado, sendo que Dzsudzak é um perigo na ala direita, com os movimentos para dentro, onde procura servir os colegas ou testar o seu forte remate de longe. Há muitas movimentações para as costas da defesa, com alguém a trazer o opositor e outro jogador aparece nas costas. Procuram várias vezes o apoio do ponta de lança, sendo que quando há espaço entre linhas e os sectores adversários estão longe um dos outros, ele baixa algumas vezes para receber. Laterais com movimentos pelo interior ou combinações pelo exterior, dando amplitude. Rodam a bola rápido de um lado para o outro, com diversas trocas posicionais. Mostram ter alternativas diferentes tendo em conta o tipo de adversário que enfrentam. Contra a Áustria, utilizaram mais os remates de longe para tentar chegar ao golo, enquanto que no jogo contra a Islândia tentaram atacar a profundidade e fazer muitas combinações. Preferem atacar pelo interior do que pelo exterior.

Rematam muito de longe, não pedindo permissão para tal acção, embora procurem, por alguns jogadores, criar situações mais favoráveis para a finalização, enquanto que outros têm mais olhos para a baliza. Sofrem de alguma falta de presença na área em lances de finalização, colocando poucos jogadores, normalmente só o ponta de lança lá aparece, coadjuvado por um dos médios-ala. Têm atenção à segunda bola, com vários jogadores nessas zonas. Diagonais dos extremos para rematar ou combinarem para depois rematar. Avançados são possantes e fortes no jogo aéreo, mas algo lentos e pouco talhados para atacar a profundidade. Finalizam muitas vezes por zonas interiores.

Transições ofensivas rápidas, procurando um apoio e depois atacando em profundidade. Várias diagonais do corredor central para o corredor lateral, desequilibrando os adversários. Em alternativa, atacam através de combinações pelo corredor central. São mais de passar nestas situações do que conduzir, excepto quando são os extremos ou Kleinheisler os detentores da bola. O ponta de lança serve muitas vezes de apoio para segurar nesta fase. Se não tiverem vantagem, seguram a posse, congelam a bola, rodam e fazem um ataque mais posicional, mostrando como gostam de ter a bola e não quererem desfazer-se dela.

 

 

 

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Análise à Áustria

por R_9, em 18.06.16

 No dia de hoje, Portugal defronta a Áustria no Euro 2016.

Vai ser um jogo completamente diferente daquele que aconteceu contra a Islândia - pelo menos na postura do adversário. A Áustria é uma equipa bastante mais ofensiva que os islandeses e que corre muitos riscos na procura pelo golo. Jogam normalmente em 1x4x2x3x1, mostrando mobilidade e dinâmica.

Sentirão a falta do central Aleksandar Dragović e do médio ofensivo Zlatko Junuzović. Dragović é o elemento de mais valia do quarteto defensivo e que é também muito importante na 1ª fase de construção. Já Junuzović é um jogador com um raio de acção enorme, e que dá muito em termos ofensivos, quer seja pela visão de jogo, passe, remate ou movimentações.

É uma selecção bastante atacante, que privilegia um jogo combinativo na 1ª fase de construção, tentando avançar assim com a bola. Correm alguns riscos no tipo de passes que fazem e na distância entre jogadores. Contudo, devido a jogarem com Marc Janko na frente, não se coíbem de tentar por vezes o jogo directo para o ponta de lança, quer seja para ele tocar de cabeça para os jogadores que se aproximam, quer seja para segurar a bola.

Jogam muito profundos e amplos, com a constante chega de segundas linhas à frente. Laterais subidos, médios perto dos avançados e os extremos a alternar entre a amplitude e o interior, estando muitas vezes na mesma linha que o ponta de lança. David Alaba com muitos movimentos de ruptura com bola, tentando furar pelo corredor central. Marko Arnautović gosta de vir para dentro com bola, tentando depois os passes de ruptura ou tabelas curtas.

Chegam constantemente com muitos jogadores a zonas de finalização, sendo que tanto chegam com bola a essas zonas pelo corredor central ou pelos corredores laterais. Preenchem bem a área, colocando 3, 4, ou até 5 jogadores na área depois de um cruzamento num lance de bola corrida.

Tentam muitas vezes os remates de longe, através de vários jogadores. Gostam também de variar rapidamente o centro do jogo, através de passes longos para os extremos quando estes estão bem abertos. Deixam poucos jogadores atrás e raramente têm coberturas ofensivas.

São rápidos em transição ofensiva, tentando também o jogo combinativo e saindo logo com vários jogadores para o ataque. Quando jogam em Marc Janko é para ele segurar e depois entregar, já que ele não é rápido para estas situações.

 

 

 

 

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A Selecção Nacional estreou-se na noite de ontem no Europeu de 2016, perante a Islândia.

Não se pode dizer que foi o melhor resultado perante uma equipa bem mais fraca individualmente. Se o resultado não foi bom, a exibição também não o foi.

Uma construção e criação de jogo bem deficitária, o que originou poucas ocasiões favoráveis à finalização. Muito jogo pelos corredores laterais e com muitos jogadores fora do bloco da Islândia, não se procurando o corredor central e o espaço entre linhas. Tanto jogo pelos corredores laterais, trouxe muitos cruzamentos, isto perante uma equipa bastante alta. Os centrais e Danilo não participaram praticamente na primeira fase de construção, com João Moutinho a vir buscar a bola muito atrás, assim como os laterais pouco afoitos ofensivamente e pouco criteriosos quando em meio campo adversário.

Defensivamente, equívocos entre vários jogadores, como no lance do golo. Marcações zonais, outras individuais e falta de algumas coberturas defensivas, assim como más abordagens. Isto resultou em algumas oportunidades para a Islândia, mesmo sem eles terem um grande volume ofensivo. Nos lances aéreos no meio-campo, desvantagem tremenda para Portugal.

 

 

 

 

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A má estreia da Bélgica

por R_9, em 15.06.16

A Bélgica, 2ª classificada do ranking mundial estreou-se na segunda-feira no Euro 2016. Não se pode dizer que tenha sido uma estreia auspiciosa, já que foram derrotados pela Itália com dois golos sem resposta.

Uma selecção italiana a mostrar bem mais do que se esperava, e uma Bélgica a mostrar menos do que se esperava. Ainda conseguiram várias oportunidades, já que quem tem Kevin De Bruyne ou Eden Hazard estará sempre perto de as ter, assim como outros jogadores bem acima da média que têm.

Contudo, foi tudo muito forçado, tirando algumas transições ofensivas de boa qualidade. Má ocupação do terreno, muitas referências individuais a abrir espaços onde não se podem, poucas soluções ao jogador com bola, problemas na organização defensiva e a organização ofensiva com um ataque mais posicional a não funcionar nada bem. Laterais praticamente inofensivos em termos ofensivos e mesmo a dupla de centrais a estar mal. Marouane Fellaini poucas soluções dá atrás de Lukaku a não ser o jogo directo, sendo o inverso do que os outros jogadores gostam de jogar.

Vamos ver o que reserva o futuro dos belgas nesta competição, já que só a qualidade individual não lhes chegará para conseguir aquilo a que se propõem.

 

 

 

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No passádo sábado, a selecção da Inglaterra fez a sua estreia no Euro 2016, num jogo perante a Rússia. Não foi propriamente um grande espectáculo de futebol, bem pelo contrário. Foram uma desilusão as exibições destas duas selecções, sendo que era da Inglaterra que se esperava mais. Orientados por Roy Hodgson, os ingleses mostraram muitas dificuldades em criar lances de perigo, apresentando uma construção de jogo bastante deficitária. Rooney apareceu em zonas muito recuadas para começar a construir, mas até ele sofreu do mesmo mal que os restantes: imenso jogo pelos corredores laterais. Quer seja em condução ou passe, com ou sem espaço para avançar, grande parte dos lances acabavam nas alas, mesmo com jogadores entre linhas no corredor central. Num dos poucos lances que a bola foi colocada com um passe vertical no corredor central, Alli sofreu falta e daí nasceu o golo. A Rússia foi uma das selecções mais fracas que se apresentou até agora nos seus processos de jogo. Uma primeira fase de construção onde só se conhecia o jogo directo, quer seja para Artem Dzyuba, quer seja para os corredores laterais. Mesmo com os centrais a terem dificuldades com bola, a Inglaterra decidiu não pressionar quase nunca essa fase. Muito pouca organização defensiva dos russos, sendo que acumulavam jogadores perto da bola sem grande critério.

 

 

 

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Copa América - Notas iniciais

por R_9, em 07.06.16

 

Na estreia na Copa América, vimos uma exibição fraca dos Estados Unidos frente a uma Colômbia que também acabou por não mostrar muito. A selecção americana a apresentar muitas debilidades nos seus processos de jogo e a permitir que a Colômbia as conseguisse explorar facilmente.

 

 

 

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